ALGUNS ASPECTOS SOBRE SAÚDE/DOENÇA EM MULHERES NEGRAS

Isabel CF da Cruz, Luiza AK Hoga

Resumo


Neste estudo, delineamos um perfil sobre a  saúde  da mulher  negra.  A  amostra  foi  composta  por  262  mulheres da região rural da Grande São Paulo. Os resultados revelaram que a maioria e casada, católica, possui o 1º grau incompleto,  encontra-se entre 26 e 35 anos,  e  trabalha  no lar. Quanto a sexualidade, 21.7% negam ter satisfação sexual; e  a pílula e o método contraceptivo de maior freqüência, seguido  pela laqueadura (17.9%). A pressão alta é o  fator  de  risco  familiar mais freqüente (50.3%) e, enquanto  patologia,  está  presente  em 24.8% da clientela (PAD >=90 mmHg). Concluímos sobre a necessidade de  estender  este  estudo  a  população  urbana  e  aprofundar  a investigação  sobre  sexualidade,  contracepção, maternidade   e patologias como hipertensão e câncer.  

OBS: Publicado na Revista Baiana de Enfermagem v. 11, n2, p50-60, 1998


Palavras-chave


mulher negra; relações de gênero (sexualidade); relações políticas (emancipação)

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BNN - ISSN 1676-4893 

Boletim do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem (NEPAE)e do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra (NESEN).