Journal of Specialized Nursing Care

IN A PATIENT WITH HOPELESSNESS IN INTENSIVE CARE UNIT  WHICH THE IMPORTANCE OF SPIRITUAL SUPPORT MADE BY NURSES - Sistematic Literature Review

NO PACIENTE COM DESESPERANÇA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA QUAL A IMPORTÂNCIA DO APOIO ESPIRITUAL FEITO PELO ENFERMEIRO - Revisão Sistematizada da Literatura

Patrícia Fontes Carvalho da Silva1 Enfermeira Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos Adulto/Idoso 1Universidade Federal Fluminense (UFF) patrícia_fontescs@hotmail.com

Profa. Dra. Isabel  Cruz. Titular da UFF. isabelcruz@uol.com.br                                                                        

ABSTRACT. Patients in an intensive care unit has a pre-established vision of suffering and death, running out of hope, thus diverting the focus of his expectations for an improvement. This study aims to analyze the effectiveness of spiritual support made ​​by the nurse in the patient with hopelessness in an intensive care unit. It was made ​​a systematic literature review conducted in Databases Virtual Health Library (Lilacs, SciELO and MEDLINE), from 20/08/2012 to 06/11/2012 in 10 references analyzed between the years 2007 to 2012 . The results suggest that patients with hopelessness in an intensive care has a positive evolution in its clinical, when part of the nurse's spiritual support, causing him to have faith, hope and confidence in your treatment, it appears that this this spiritual support in caring, not invade your religious choice, but it helps to have less pain, greater acceptance and greater security by contributing to an improvement in the process experienced. According to the survey, the nurse is still unprepared to make such support, does not have the understanding that spirituality is not linked to religion, but the sensitivity to emotion, feelings and hunches felt by the patient, this support is a feature imperative that can be used to influence the recovery of the patient.

Key-words: (Intensive care unit; Spiritual support; Hopelessness)

 RESUMO. Pacientes em uma unidade de terapia intensiva tem uma visão pré-estabelecida de sofrimento e morte, ficando sem esperança, desviando assim, o foco de suas expectativas em relação a uma melhora. Esse estudo tem como objetivo analisar a eficácia do apoio espiritual feito pelo enfermeiro no paciente com desesperança em uma unidade de terapia intensiva. Foi feito uma revisão sistematizada da literatura realizada nas Bases de Dados da Biblioteca Virtual da Saúde (Lilacs, Scielo e MedLine), no período de 20/08/2012 a 06/11/2012 em 10 referências analisadas entre os anos de 2007 a 2012. Os resultados sugerem que o paciente com desesperança em uma terapia intensiva, tenha uma evolução positiva em seu quadro clínico, quando há por parte do enfermeiro o suporte espiritual, fazendo-o ter fé, esperança e confiança no seu tratamento, constata-se que esse apoio espiritual presente no cuidado, não invade sua opção religiosa, mas ajuda-o a ter menos sofrimento, maior aceitação e maior segurança contribuindo para uma melhora no processo vivenciado. De acordo com a pesquisa, o enfermeiro ainda se encontra despreparado para realizar tal suporte, ainda não possui a compreensão que a espiritualidade não está ligada a religião, mas a sensibilidade à emoção, sentimentos e pressentimentos sentidos pelo paciente, que esse apoio é um recurso indispensável que pode ser utilizado para influenciar na recuperação do paciente.

Palavras-chave: (Apoio espiritual; Desesperança; Terapia intensiva).

 SITUAÇÃO-PROBLEMA

A Unidade de Terapia Intensiva é um ambiente destinado ao atendimento de pacientes graves, com potencial risco de morte, que necessitam de atendimento ininterrupto, esses pacientes apresentam um sentimento em comum: desesperança. Assim, a internação em UTI implica em uma situação de grande sofrimento. Em terapia intensiva, os pacientes são expostos a um ambiente estranho e por vezes hostil, que pode levar a traumas e problemas psicológicos. (1)

 Quadro 1: estratégia PICO

Acrônimo

Definição

Descrição

P

Paciente ou diagnóstico de enfermagem de alta complexidade

 Paciente com desesperança em uma unidade de terapia intensiva

I

Prescrição de enfermagem

 Apoio Espiritual

C

Controle ou comparação

 

O

Resultado

 Paciente com esperança de uma evolução

 

 

 

 

 

 

 

 

Questão clínica:

No paciente com desesperança em uma unidade de terapia intensiva, qual a importância do apoio espiritual feito enfermeiro?

 OBJETIVO

Utilizar a estratégia PICO para determinar através de evidências a eficácia do apoio espiritual feito pelo enfermeiro no paciente internado em uma terapia intensiva.

METODOLOGIA

Para viabilizar o desenvolvimento deste estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica. O período da coleta de dados se desenvolveu de 20/08/2012 a 03/11/2012 nas bases os (Scielo, Lilacs e MedLine) com os seguintes descritores/key-words: Apoio espiritual/Spiritual support; Desesperança/Hopelessness; Terapia intensiva/ Intensive care unit, cada termo foi pesquisado separadamente.

Com o intuito de coletar dados recentes, a análise dos artigos foi baseada nas publicações dos últimos cinco anos (de 2007 a 2012). Nos artigos foram utilizados os seguintes critérios: possuir aderência ao objetivo; possuir ano de publicação entre os períodos de 2007 a 2012; publicação em português e inglês e que abordam sobre a temática do cuidado espiritual. Foi feito uma leitura interpretativa dos artigos e, portanto, dos 21 artigos encontrados na Lilacs somente 2 tiveram aderência ao objetivo; dos 13 encontrados no Scielo  somente 2  foram selecionados, dos 21 na MedLine encontrados 6 foram aproveitados nesse estudo.

Na base virtual da Scielo dos 13 artigos selecionados, todos eram referentes ao apoio espiritual, porém ao estudar o artigo foi possível constatar que somente 2 selecionados tratavam de fato sobre o cuidado ao paciente em uma terapia intensiva. Foram analisadas, ao todo, 55 referências sendo 13 (7,15%) na base de dados do Scielo , 21 (11,55%) na Lilacs e 21 (11,55%)na MedLine.

Quadro 2: Força da evidência

Tipo de força da evidência

 

I-                   Evidência forte a partir de pelo menos uma publicação de revisão sistemática de múltiplos experimentos controlados randomizados, bem delineados.

II-                Evidência forte a partir de pelo menos uma publicação de experimento controlado, randomizado, corretamente projetado, com tamanho apropriado e em cenário clínico apropriado.

III-              Evidência a partir de apenas um experimento bem delineado, sem randomização, de apenas um grupo do tipo antes e depois, de coorte, de séries temporais, ou de estudos caso-controle.

IV-             Evidência a partir de estudos não experimentais por mais de um centro ou grupo de pesquisa.

V-                Opiniões de autoridades respeitadas, baseadas em evidência clínica, estudos descritivos ou aleatórios de comitês de especialistas.

 

RESULTADOS

De acordo com os artigos pesquisados neste estudo, constata-se que a ligação entre o enfermeiro/ paciente com caráter espiritual, mostra-se eficaz. A espiritualidade ajuda a manter a saúde, a capacidade de lidar com a doença e a capacidade de enfrentar situação dificil(2).

É necessário considerar que a literatura de enfermagem tem se dedicado cada vez mais ao estudo da espiritualidade e, portanto, novos instrumentos podem surgir que possam representar o fenômeno sob investigação(3).

Contudo, a falta de fortes evidências dificulta a generalização dos resultados. O baixo nível de evidências encontrado nas publicações sobre espiritualidade também aponta para a necessidade de investimentos no desenvolvimento de pesquisas de enfermagem sobre esse fenômeno(4).

 

Quadro 3 - Publicações localizadas nas bases de dados. Niterói, 2012

Autor(es), Data e País

Objetivo da Pesquisa

Força da Evidência

Tipo de Estudo e instrumentos

Principais Achados

Conclusões do Autor(es)

Rudval Souza da Silva;

Ana Emília Rosa Campos; Alvaro Pereira

 

06/2011

 

Brasil

 

Caracterizar o desenvolvimento do cuidar/cuidado de enfermagem na UTI ao Paciente Fora de Possibilidade de Cura pelos enfermeiros.

Tipo III

O método exploratório-descritivo com abordagem qualitativa

Os resultados evidenciam que os enfermeiros necessitam compreender a doença/morte como parte do ciclo vital e repensar o cuidar/cuidado como essência da Enfermagem, ampliando as discussões sobre a temática tanto no âmbito acadêmico quanto na prática diária.

Chama atenção no estudo, a supervalorização dada aos cuidados técnicos, em detrimento de um cuidado envolvendo as dimensões psicossociais espirituais.

Erika de Cássia Lopes Chaves; Emilia Campos de Carvalho; Luiz Alberto Beijo; Sueli Leiko TakamasGoyatá; Sandra Cristina Pillon

07-08

2011

Brasil

Identificar angústia espiritual em 120 pacientes com insuficiência renal crônica, utilizando diferentes instrumentos, e avaliar a eficácia destes instrumentos de apoio a esta identificação.

Tipo II

Estudo descritivo com abordagem quantitativarealizada em uma clínica de terapia renal.

 

A relevância dos resultados é o fato de que este grupo de pacientes apresenta conflitos importantes na dimensão espiritual, o que pode comprometer a capacidade de lidar com a doença renal e seu tratamento.

Que os enfermeiros sejam capazes de reconhecer tal diagnóstico estarem conscientes de suas manifestações, como estes podem resultar em um plano de sucesso terapêutico, comprometer a capacidade de lidar com a doença e interferir com o resultado positivo de seu tratamento.

 

Lucila Castanheira Nascimento; Fabiane Cristina Santos de Oliveira; Moisés Fargnolli Moreno; Fernanda Machado da Silva

05-06

2010

Brasil

Indicar elementos sobre a formação do enfermeiro para o oferecimento do cuidado espiritual, aliados ao conhecimento de sua própria espiritualidade.

Tipo III

Revisão da literatura.

A religião e a espiritualidade são fontes de conforto e esperança que têm auxiliado na melhor aceitação da condição crônica da criança e do adolescente.

Contudo, o cuidado espiritual na enfermagem oncológica ainda se constitui em um desafio para o enfermeiro. O fato de ser uma questão que suscita debate no campo da ciência e da saúde faz com que o enfermeiro ainda apresente uma postura insegura diante do tema.

Erika de Cássia Lopes Chaves, Emília Campos de Carvalho, Sueli Leiko Goyatá, Cristina Maria Galvão

 

2008

 

Brasil

Identificar os conceitos e os indicadores clínicos que evidenciam a presença de angústia espiritual no paciente.

Tipo IV

Revisão integrativa.

As publicações da área de enfermagem sobre a questão da espiritualidade têm crescido nos últimos anos, contudo, a falta de fortes evidências dificulta a generalização dos resultados.

 

Reconhecer e investigar a relação corpo/mente e espírito é fundamental para o cuidado, portanto a utilização de uma terminologia adequada, com sustentação teórica, irá facilitar a inclusão da espiritualidade na assistência da saúde e prover uma visão transformadora para o cuidado de enfermagem.

 

 

Lissi Hansen, Teresa T. Goodell, Josi DeHaven Mary Denise Smith

 

2009

Estados Unidos

 

Descrever a percepção das enfermeiras no ambiente de trabalho, em relação ao melhor cuidado para o paciente crítico.

Tipo II

Estudo quantitativo.

Indicaram que as abordagens conseguiram melhorar
a percepção das enfermeiras quanto as necessidades do paciente crítico.

Que o enfermeiro pracisa da prática do desenvolvimento permanente nas questões de cuidados.

Martin Houze, Jill Radtke, Susan Sereika

Mary Beth Happ, Kathryn Garrett, Dana DiVirgilio Thomas, Judith Tate, Elisabeth George

 

03/2011

Estados Unidos

 

Descrever as interações de comunicação, métodos e técnicas de apoio entre enfermeiros e pacientes críticos em unidade de terapia intensiva.

Tipo II

Estudo observacional, descritivo

 

Os resultados do estudo destacar áreas específicas para melhoria na comunicação entre enfermeiros e pacientes.

não falam em unidade de terapia intensiva, particularmente na comunicação sobre a dor e no uso de estratégias de comunicação de apoio e materiais de comunicação.

Nancy Baumhover,

Linda Hughes

05/2009

Estados Unidos

 

Determinar a relação entre espiritualidade
dos profissionais de saúde e seu apoio às famílias pre-
cia durante procedimentos invasivos.

Tipo IV

Estudo descritivo correlacional

Os resultados indicam que a
espiritualidade do profissional de saúde tem uma relação muito importante ao apoio na presença família/paciente.

A adoção de uma perspectiva mais holística Permitindo a opção para as famílias dos pacientes para permanecer promove cuidado.

Lise-Merete Alpers,

Solvi Helseth,

Ingegerd Bergbom

 

10/2011

Noruega

 

Adquirir conhecimentos sobre os fatores que contribuem para a força interior em pacientes graves atendidos em uma unidade de terapia intensiva.

Tipo III

O estudo tem um caráter exploratório e descritivo. Uma abordagem hermenêutica foi usado.

Tornar-se criticamente doentes é um farco. Medo, ansiedade, desespero e depressão são reações naturais. Em situações como essas a posse de força interior pode ser de importância vital.

O estudo demonstra claramente que existem determinados factores que promovem a força interior nos pacientes em estado críticos submetidos a tratamento ventilador.

Helen Fowles

 

04/2012

Inglaterra

Descrever a importância de abordar e avaliar as necessidades de cuidados espirituais em conjunto com os componentes físicos e psicológicos necessários para alcançar bem-estar para o paciente e família

Tipo IV

Revisão da Literatura

Entendendo as crenças espirituais do paciente permite que ele expresse seus sentimentos ou fazer perguntas, que por sua vez podem revelar relevantes estratégias de enfrentamento, do seu quadro clínico.

 

Identificar a diferenciação entre as conotações de espiritualidade, que é pessoal e única, e o conceito de religião para compreender as crenças espirituais dos pacientes e promover o devido cuidado.

Merja Meriläinen,

Helvi Kyngäs,

Tero Ala-Kokko

 

06/2010

Finlândia

Descrever um ambiente de terapia intensiva de um ponto de vista do paciente e os eventos e contatos sociais durante o dia de um paciente.
métodos

Tipo IV

O estudo observacional qualitativo

O paciente está ligado ao ambiente UTI, mas geralmente não é capaz de influenciá-lo. É importante eliminar as coisas que impedem a recuperação e para promover a sensação de segurança.

Precisa-se aprender mais sobre as experiências subjetivas dos pacientes internados na UTI, a fim de ser capaz de descrever o ambiente psicológico.

 

 DISCUSSÃO

A assistência espiritual, como elemento do cuidado, decorre do fato de, na maioria das situações em que as pessoas se vêem no seu limite para resolvê-las, especialmente no estado crítico, há a busca de algo que transcende o natural, como o milagre da cura, por exemplo(5).

A produção acerca do cuidado espiritual na assistência de enfermagem tem recebido atenção especial nos últimos anos, através de estudos que buscam refinar os conceitos teóricos e a importância dos conscritos associados à espiritualidade.(6)

Esforços têm sido empregados, a fim de construir, ou mesmo traduzir e validar instrumentos que avaliam o fenômeno da espiritualidade, criando a necessidade de investigar a eficácia destes instrumentos para a investigação de diagnósticos que envolvem a dimensão espiritual. Estudiosos argumentaram que o método tradicional de apoio espiritual era ter um capelão ou pessoa religiosa disponível, no entanto, hoje o enfermeiro pode oferecer assistência espiritual sistemática, através da investigação e avaliação das respostas humanas a esta dimensão.(3) Para a implementação dessa filosofia, os profissionais de enfermagem têm um papel preponderante dentro da equipe multidisciplinar, por serem os que mais tempo permanecem junto ao paciente e também aos familiares, constituindo-se em verdadeiros elos, intermediando a interação entre todos os envolvidos e implementando a busca por recursos que viabilizem a pessoa enferma melhor qualidade de vida. (7)Assim sendo, percebe-se que o cuidar, de um modo geral, não visa apenas à cura de doenças, mas, sobretudo, objetiva a qualidade de vida pela satisfação das necessidades de cada ser humano. (4)

É importante que os enfermeiros avaliem a necessidade de intervenção nesse campo. Contudo, apesar do amplo reconhecimento da necessidade do cuidado espiritual, a importância da espiritualidade e da religiosidade no cuidado à saúde ainda não é valorizada por grande parte dos enfermeiros.(6)  

SUGESTÕES PARA A PRÁTICA DO ENFERMEIRO

Os desejos pessoais de pacientes e suas famílias continuam a ser uma lacuna na literatura.(10) Torna-se importante que os enfermeiros estejam atentos aos sentimentos do paciente, bem como aspectos relacionados com a sua manifestação, uma vez que qualquer alteração pode agravar os sintomas físicos e emocionais e diminuir a capacidade de enfrentar a doença.(3)

Assegura-se que o paciente tem alívio da dor, quando há o uso de termos simples e repetição de informação, incentivando a verbalização de medos,gastando mais tempo com o paciente, tentando controlar estressores ambientais e aumentando a sensação de controle, permitindo escolhas de cuidados.(9) Cabe ao enfermeiro a realizar esse cuidado com frequência, sucesso e qualidade, facilitanto interação enfermeiro-paciente através de métodos da comunicação e estratégias de apoio utilizadas entre enfermeiros e oralidade pacientes na UTI durante os cuidados habituais.(3)

O enfermeiro deve atender às necessidades espirituais do paciente com sensibilidade e reconhecer que essas necessidades podem mudar isso durante o curso da doença. (2)No entanto, muitos pacientes relutam em falar com profissionais de saúde sobre os seus sentimentos em relação à espiritualidade, devido ao medo da estigmatização ou a falta de interesse da equipe. Portanto, torna-se importante estabelecer uma relação de confiança entre o enfermeiro-paciente e estabelecer técnicas de comunicação adequadas.(3) Permitindo o paciente a expressar seus sentimentos ou fazer perguntas, que por sua vez podem revelar relevantes estratégias de enfrentamento, pode melhorar a qualidade de vida. (8)

Alertando para o fato que espiritualidade não é para ser confundida com religião ou práticas religiosas. (2)

CONCLUSÕES

Portanto, que o diagnóstico desesperança está relacionado a diversos sentimentos  comumente presentes nos pacientes de uma unidade intensiva e que o apoio espiritual, quando realizado de forma profissional  atendendo as necessidades apresentadas pelo paciente, mostra-se altamente eficaz, já que preenche de forma significativa os déficits emocionais encontrados em grande parte dos pacientes estudados. Conclui-se também, que existe uma necessidade de estudos acerca do assunto abordado.   Enfermeiros que trabalham em unidades de terapia intensiva têm tradicionalmente recebido pouco praparo e formação nos cuidados a esses pacientes críticos.(9) Há diferenças no nível de percepção de enfermeiras sobre o cuidado espiritual e, conseqüentemente, na prática clínica. Uma das razões para a omissão de assistência espiritual é a consideração de que a questão não é científica e que há uma falta de formação para o cuidado espiritual.(3)

Apesar dos resultados demonstrarem percepções positivas sobre o cuidado espiritual, as participantes raramente incorporavam esse cuidado nas suas atividades diárias.(6)

No passado, várias pesquisas indicavam que os enfermeiros tinham uma consciência muito limitada das necessidades espirituais dos pacientes. Estudos mais recentes têm revelado que esses profissionais têm se tornado um pouco mais sensíveis a essa dimensão do cuidado, mas ainda muito longe do considerado ideal. Entretanto as habilidades para identificá-la e avaliá-la ainda necessitam de maior conhecimento, esclarecimento de conceitos, aprimoramento profissional e fundamentação científica por meio da realização de mais pesquisas sobre o tema. (3)

REFERÊNCIAS

1 Meriläinen M, Kyngäs H, Tero AK. 24-Hour Intensive Care: An observational study of an environment and events. Intensive and Critical Care Nursing. 2010; 26(5): 246-253.Availablefrom:http://www.intensivecriticalcarenursing.com/article/S0964-3397%2810%2900055-8

2 Baumhover N, Hughes L. Spirituality and Support for Family Presence During Invasive Procedures and Resuscitations in Adults. Critical Care Nurses.2009 Available from: http://ajcc.aacnjournals.org/content/18/4/357.sid=427674e9-13a4-4610-a682-fc4c5908f9e5

 

3 Chaves ECL, Carvalho EC, Beijo LA, Goyatá SLT, Pillon SC. Efficacy of different instruments for the identification of the nursing diagnosis spiritual distress. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2011; 19 (4) Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692011000400008&lang=pt&tlng  

 

4 Chaves ECL, Carvalho EC, Goyatá SLT, Galvão CM. Spiritual distress: integrative review of literature. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2008; 8(3) 4-12.

 

5 Houze M, Radtke J, Sereika SMH, Garrett K, Thomas DD, Tate J, George E. Nurse-Patient Communication Interactions in the Intensive Care Unit. American Journal of Critical Care.  2011; 20(2): 28-40. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3222584/

 

6 Nascimento LC, Oliveira FCS, Moreno MF, Silva FM. Cuidado espiritual: componente essencial da prática da enfermeira pediátrica na oncologia. Acta Paulista de  Enfermagem.2010; 23(3). 

 

7 Silva RS, Campos ERA, Pereira A. Cuidando do paciente no processo de morte na Unidade de Terapia Intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP.2011; 45(3). Availablefrom:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000300027&lang=pt&tlng=

 

8 Fowles HS. Addressing the spiritual care needs of people near the end of life. Nursing Standard. 2012; 26(33). Available from: http://nursingstandard.rcnpublishing.co.uk/archive/search/searchterm/intensive+care/searchcurrent/1/sort/date/page/10

 9 Hansen L, Goodell TT, Haven JD, Smith MD. Nurses' Perceptions of End-of-Life Care After Multiple Interventions for Improvement. Critical Care Nurses. 2009.Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19411585

 10 Alpers LM, Helseth S,  Bergbom I. Experiences of inner strength in critically ill patients – A hermeneutical approach. Intensive and Critical Care Nursing.2011. Availablefrom: http://www.intensivecriticalcarenursing.com/article/S0964-3397%2811%2900097-8/abstract

 

11 Cortez EA. Influência da religiosidade e espiritualidade na saúde: reflexões para o cuidado de enfermagem. Online Brazilian Journal of Nursing. 2012; 11(2). Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4086

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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