REVIEW ARTICLES

Guidelines for evidence-based practice for the control of nursing intervention in the prevention of central venous catheter-related infection, a challenge in practical ICU care - Systematized Literature Review

Diretrizes para a prática baseada em evidência para o controle de intervenção de enfermagem na prevenção de infecção relacionada a cateter venoso central, um desafio na prática assistência em UTI - Revisão Sistematizada da Literatura

Elaine Araujo da Silva¹, Isabel Cristina Fonseca da Cruz¹

¹Universidade Federal Fluminense

ABSTRACT

Introduction: The central venous catheter is an invasive device widely used in severe septicemia patients, mainly for administration of vasoactive drugs, blood derivatives and physiological parameter monitoring, but its use is frequently associated with health care related infections. Objectives: To review evidence-based guidelines that will assist the intensive care nurse in the identification and treatment of nursing care related to infection control related to Central Venous access device. Methodology: Bibliographic study, used to search the VHL, LILACS (BDENF, SCIELO), MEDLINE and PUBMED databases from 2011 to 2017, using the descriptors through search in the base of Descriptors in Health Sciences (DeCs): Central Venous Catheterization, Hospital Infection , intensive care unit, nursing care, at the end were selected 10 articles.Results: We identified that through good practices in the insertion, management and withdrawal of the central venous catheter the nurse can develop mechanisms to prevent infections related to the use of CVC. Conclusion: Looking at the best nursing interventions, nurses are protagonists in the elaboration, follow-up, control and results of nursing care provided to critical patients in the use of CVC.

Key words: Central Venous Catheterization; Hospital Infection; Nursing care and intensive care unit.

RESUMO

Introdução: O cateter venoso central é um dispositivo invasivo muito utilizado em pacientes graves com septicemia, principalmente para administração de drogas vasoativas, hemoderivados e monitorização de parâmetro fisiológicos, porém seu uso está associado frequentemente a infecções relacionadas à assistência a saúde. Objetivos:  Revisar as diretrizes com base em evidência que ajudarão ao enfermeira(o) intensivista na identificação e tratamento da conduta de cuidados de enfermagem relacionados ao controle de infecção relacionado a dispositivo de acesso Venoso Central. Metodologia: Estudo bibliográfico, utilizada busca na BVS, nas bases LILACS ( BDENF ,SCIELO), MEDLINE e PUBMED entre 2011 a 2017, utilizando os descritores através de busca na base de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): Cateterismo Venoso Central, Infecção Hospitalar , unidade de terapia intensiva, Cuidados de enfermagem, ao final foram selecionados 10 artigos. Resultados: Identificamos que através de boas práticas na inserção, no manejo e retirada do cateter venoso central o enfermeiro pode desenvolver mecanismos para prevenção de infecções relacionadas ao uso de CVC. Conclusão: Vislumbrando as melhores interveções de enfermagem o enfermeiro é protagonista na elaboração , no acompanhamento , no controle e nos resultados dos cuidados de enfermgem prestados ao paciente crítico em uso de CVC.

Palavras-chave: Cateterismo Venoso Central; Infecção Hospitalar; Cuidados de enfermagem e  unidade de terapia intensiva.

INTRODUÇÃO

O uso de cateter venoso central no paciente crítico com septicemia  é indispensável para administração de drogas vasoativas, hemoderivados, monitorização de parâmetro fisiológicos, entre outros, entretanto seu uso está associado frequentemente a infecções relacionadas a cateter venoso central (IRCVC)⁽¹⁾.

Atualmente com o aumento do uso de tecnologias, o paciente em uso de cateter venoso central (CVC) fica mais sujeito a adquirir infecções relacionadas a assistência a saúde, uma delas é a infecção de corrente sanguinea (ICS) , que prolongam  o tempo de internação do paciente e contribuem para aumento da taxa de mortalidade ⁽²⁾.

Desta forma a intervenção , definida como Controle de Dispositivo de Acesso Venoso Central , segundo Buleckek et al, pode ser implementada para o(a) paciente de alta complexidade com o diagnóstico médico de Septicemia ⁽³⁾.

Esta intervenção justifica-se com base no estudo de Santos SF et al, segundo o qual  descreve o "care bundle " pacote de medidas como um instrumento significativo para redução das infecções relacionadas a cateter em pacientes críticos.  Deste modo possibilita ao profissional realizar seus cuidados  através de estratégias recomendadas através das melhores evidências cientificas, vislumbrado intervenções de enfermagem mais eficazes prestadas ao paciente em uso de CVC ⁽¹⁾.

Situação– problema: escassez de informação sobre evidências científicas que ofereçam indicadores da(s) prescrição(ções) de enfermagem para o(a) paciente de alta complexidade com diagnostico/condição médica Septisemia sob cuidados intensivos.

Objetivo: Revisar as diretrizes com base em evidência que ajudarão à(ao) enfermeira(o) intensivista na identificação e tratamento da conduta de cuidados de enfermagem relacionados ao controle de infecção relacionado a dispositivo de acesso Venoso Central.

QUESTÃO PRÁTICA: Qual a eficácia da intervenção de enfermagem Controle de Dispositivo de Acesso Venoso Central no tratamento do (a) paciente com o diagnóstico /condição médica Septisemia com risco de infecção por cateter venoso central?

Quadro 1 : Descrição dos componentes da estratégia pico

METODOLOGIA

Este trabalho é uma revisão integrativa de literatura por meio de busca em base de dados online, computadorizada e/ou manual , no período de 2011 a 2017. Sendo utilizado as seguintes bases de dados: biblioteca virtual em saúde (BVS), Scientific Electronic Libary Online, LILACS ( BDENF ,SCIELO), MEDLINE e PUBMED. Foram encontrados 406 artigos Sendo utilizados somente 10. Os seguintes critérios de inclusão para a seleção dos artigos científicos publicados no período de 2011-2017, nacionais, internacionais e especializados, texto completo disponível gratuitamente, em idioma português, inglês e espanhol.

Foram excluídos artigos relacionados aos recém nascidos, lactentes, adolescentes, crianças e gestantes e artigos em que os resultados dos mesmo não tivessem relação com a temática. A busca ocorreu de abril a novembro de 2017. Os descritores e  utilizados foram: Central Venous Catheterization/Cateterismo Venoso Central; Hospital Infection/Infecção Hospitalar; Nursing care /Cuidados de enfermagem e  Intensive Care Unit /Unidade de Terapia Intensiva. Para a busca bibliográfica das evidencias foi utilizada uma combinação dos componentes da estratégia PICO: (P) (Paciente de alta complexidade adulto/idoso com o diagnóstico ou condição médico: Septicemia com risco de infecção por cateter venoso central) AND ( cuidados com CVC) AND (não se aplica ) AND (redução na contaminação do cateter)

Síntese das Evidências Científicas

De acordo com os dados encontrados, segue a baixo, uma tabela (quadro 2) para a classificação do nível de evidência científica, tendo como referência a escala Oxford Center.

Quadro 2: Publicações encontradas na base de dados.

DISCUSSÃO

As infecções relacionadas a cateter ocorrem por vários motivos , sendo eles, microrganismos da microbiota cutânea , os quais migram em direção ao cateter venosos central (CVC), contaminando o local de inserção , podem ser por falhas das técnicas assépticas, infusão de soluções intravenosas contaminadas, pelas conexões do dispositivo , por migração em via hematogênica , pelas mãos da equipe de saúde, entre outros ^(7-8-9).

A literatura relaciona o aumento do risco de infecção nos pacientes em uso de CVC, pela  diminuição do desempenho dos profissionais envolvidos na realização das técnicas de higienização das mãos , de falha na antissepsia cutânea para inserção e manipulação do dispositivo, uso inadequado dos equipamentos de proteção individual , influenciando diretamente na qualidade da assistência de saúde prestada, contribuindo assim para o desenvolvimento das infecções nas instituições de saúde ^(8-9).

As unidades de terapia intensiva recebem pacientes críticos em que a infusão de diversas drogas acabam sendo uma prática rotineira, desta forma o enfermeiro deve  atentar quanto a necessidade do uso dos lúmens, os quais podem ser  duplos ou triplos, entretanto cada lúmen aumenta até vinte vezes o risco de desenvolver infecção associada a cateter⁽¹⁰⁾.     Além dos lúmens, a escolha do sítio de inserção do CVC é outro fator que deve ser levado em consideração já que as infecções relacionadas inserções realizadas em veia femural apresentam altas taxas de infecção por terem maior proximidade com a genitália aumentam o risco de contaminação em pacientes que apresentam incontinência, em seguida a veia jugular por estar mais próximo da orofaringe e consequentemente aumentando o risco de contaminação por secreções , já a veia subclávia apresenta os menores indices de infecção,entretanto maior risco de pneumotórax ^(11-12-13).     A higienização das mãos é uma medida primordial para prevenção de infecção e disseminação dos microorganismos, conhecida por ser mais econômica e eficaz no combate ainfecção relacionada à assistência a saúde. Devendo assim os profissionais de saúde atentar para a importância da mesma. Com a incorporação de novas tecnologias em saúde, por vezes os profissionais acabam banalizando medidas simples para o controle das infecções, uma delas a higienização das mãos. A lavagem das mãos geram impcto positivo no controle das insfeções, pois são de  baixo custo para as instituições em saúde, entretanto necessitam que os profissionais envolvidos incorporem a importânicia dessa medida para o controle das infecções ^(14-9) . Com tantas implicações que o uso do cateter venoso central podem trazer para o individuo, o diagnóstico, as interveções e os resultados de enfermagem se tornam uma importante ferramenta no cuidado e no controle de infecções relacionadas a CVC. Através destes podemos traçar melhores condutas afim de garantir efetividade nas intervenções  contribuindo para melhoria da qualidade da assistência de enfermagem. Nesse contexto, o bundle ou pacotes de medidas oferece as melhores práticas para o controle de infecção relacionada ao uso de CVC. Estas recomendações englobam adequada  lavagem das mãos antes da manipulação do cateter; gluconato de clorexidina a 2% para antissepsia; verificação diária da necessidade de permanência do dispositivo; Atentar para possível obstrução do dispositivo mesmo sendo utilizado solução com heparina ou solução fisiológica 0,9% , observar fluxo e refluxo sanguineo; fricção dos conetores e conexão a cada manuseio; a troca de curativos conforme a necessidade, sendo o filme transparente tão eficaz quanto o de gaze e fita adesiva; a limpeza do sítio de inserção com clorexidina alcoólica ^(10-11-12).

É de suma importância ratificar a necessidade do enfermeiro desenvolver cuidados  elaborados e bem realizados, entretanto estes só serão bem desempenhados com o auxílio da educação continuada de toda a equipe de saúde. Além disso o uso do checklist é uma importante ferramenta para nortear a enfermagem dos cuidados a serem realizados do paciente em uso de CVC, assim como acompanhar  se as intervenções geraram os resultados esperados ^(10-13).

CONCLUSÃO

Diante do exposto evidenciamos que as tecnologias em saúde são necessárias para recuparação e manutenção da vida em pacientes críticos, já que que esses dispositivos acabam sendo extensão do próprio corpo dos pacientes ,  em contrapartida podem causar infecção e colocar em risco essa clientela caso não sejam utilizadas de maneira adequada, por isso o enfermeiro deve se apropriar de algumas estratégias afim de garantir a segurança de pacientes em uso de cateter venoso central.

Algumas Complicações  podem ser minimizadas no paciente em uso de CVC, através de um pacote de intervenções, que incluem: lavagem das mãos eficaz ; inspeção diária dos dispositivos; escolha adequada do sítio de punção; antissepsia com clorexidina da pele ; conexões e conectores; troca de curativos; utilizar cvc de poucos lumens; barreira máxima; retirar o dispositivo assim que possível; educação continuada da equipe e uso de checklist , entre outros são essenciais para que a segurança do paciente seja preservada.

REFERÊNCIAS

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