Tecnologias de saúde para a intervenção de enfermagem em relação à hemoterapia: Revisão integrativa da literatura

 

Health technologies for nursing intervention in hemotherapy: Integrative literature review

 

Marianna Pacheco Ferreira dos Santos1, Isabel Cristina Fonseca da Cruz2

 

1Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: marianna_fas@hotmail.com

2 Dra. Professora Titular da UFF. E-mail: isabelcruz@id.uff.br

 

ABSTRACT

Digital technologies used in the health sector, associated with the role of nursing, provide advantages that can optimize nursing intervention, as they can help care in relation to health care for patients admitted to the ICU. Objective: to search in the professional scientific literature for health technologies, their characteristics and their purpose of use which can optimize the nursing intervention in relation to hemotherapy (ICNP® code: 10039311), as well as have a positive impact on the therapeutic results of (a) high complexity patient and establish the main nursing care in the practice of hemotherapy. Methodology This is an integrative literature review of health technologies aiming to assist nursing interventions in relation to hemotherapy in High Complexity Health Units, through a database search in Science Direct. Descriptors referring to the PICO strategy were used: "health technologies", "digital technologies", "hemotherapy", "blood collection", "blood transfusion", "blood donation", "nursing intervention", "nursing". The selection criteria were articles published from 2013 to 2021 in nursing journals. Results: for the elaboration of the study, 10 articles were chosen for the analysis of the obtained data. Mainly, works that talked about technologies for capturing blood donors and the elaboration of checklists to monitor the blood transfusion process and nursing interventions were found. Conclusion: Regarding the nursing intervention in the area of ​​hemotherapy, digital technologies were verified, through applications and digital media that can help to increase the uptake of blood donors, and thus help more hospitalized patients who need hemotherapy. Regarding the importance of nursing, it can be concluded that the implementation and execution of the checklist helps to minimize the chances of transfusion reactions.

Key-words: Blood Therapy; Nursing intervention; Health Technologies

 

RESUMO

Introdução: Tecnologias digitais utilizadas no setor da saúde associadas ao protagonismo da enfermagem, proporcionam vantagens que podem otimizar a intervenção de enfermagem, pois podem auxiliar cuidados em relação a assistência à saúde dos pacientes internados em UTI. Objetivo: buscar na literatura científica profissional as tecnologias de saúde, suas características e sua finalidade de uso as quais podem otimizar a intervenção de enfermagem em relação a hemoterapia (código CIPE®: 10039311), bem como ter um impacto positivo sobre os resultados terapêuticos do(a) paciente de alta complexidade e estabelecer os principais cuidados de enfermagem sobre a prática da hemoterapia. Metodologia Trata-se e revisão integrativa da literatura tecnologias de saúde visando auxiliar as intervenções de enfermagem em relação à hemoterapia em Unidades de Saúde de Alta Complexidade, por meio da busca em base de dados na Science Direct. Foram utilizados os descritores referentes a estratégia PICO: “tecnologias de saúde”, “tecnologias digitais”, “hemoterapia”, “coleta de sangue”, “transfusão de sangue”, “doação de sangue”, “intervenção de enfermagem”, “enfermagem”. Os critérios de seleção foram artigos publicados no período de 2013 a 2021 em revistas de enfermagem. Resultados: para elaboração do estudo foram escolhidos 10 artigos para a análise dos dados obtidos. Foram encontrados, principalmente, trabalhos que falavam a respeito tecnologias para captação de doadores de sangue e de elaboração de checklists para monitorar o processo de transfusão sanguínea e intervenções de enfermagem. Conclusão: Em relação à intervenção de enfermagem na área de hemoterapia, foram verificadas tecnologias digitais, por meio de aplicativos e mídias digitais que podem ajudar para o aumento da captação de doadores de sangue, e com isso ajudar mais pacientes internados que precisem de hemoterapia. Sobre a importância da enfermagem, pode-se concluir que a implantação e execução do checklist ajuda a minimizar as chances de reações transfusionais.

 

Palavras-chave: Hemoterapia; Intervenção de Enfermagem; Tecnologias de Saúde.

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

No Brasil, atualmente, a hemoterapia está regulamentada na Portaria do MS Nº 158, de 04 de fevereiro de 2016 e está relacionada aos componentes e derivados, referentes “à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças”(1).

 No Brasil, os primeiros serviços de transfusão foram criados nos anos de 1940, e em 1964 foi implementada pelo Ministério da Saúde a Comissão Nacional de Hemoterapia (CNH) que estabeleceu a Política Nacional de Sangue. A comissão era responsável por organizar a distribuição do sangue, a doação voluntária, a proteção ao doador e ao receptor, a determinação da obrigatoriedade dos testes sorológicos necessários para a segurança transfusional, como também, o incentivo à pesquisa e o estímulo à formação de recursos humanos(2).

Tecnologias digitais utilizadas no setor da saúde possuem vantagens que podem otimizar a intervenção de enfermagem, pois podem auxiliar os cuidados em relação a assistência à saúde dos pacientes internados em UTI. As mídias e tecnologias digitais podem facilitar os trabalhos de intervenção de enfermagem, como, por exemplo, em relação a comunicação, planejamento e controle gerencial. A utilização de novas mídias digitais adequam-se a realidade da enfermagem, ao facilitar as etapas de cuidados ao paciente (3).

Os profissionais de enfermagem são constantemente encorajados a melhorar seus trabalhos e a busca de conhecimentos de novas tecnologias para assistência à saúde dos pacientes, o que reforça a importância dos estudos para a prática clínica(4). A equipe de enfermagem possui vivência direta com o paciente internado, em relação aos cuidados e acompanhamento. A enfermagem está diretamente ligada as etapas que envolvem a hemoterapia.

Nesse contexto, das tecnologias de saúde que podem dar suporte às intervenções de enfermagem, o objetivo do presente trabalho foi buscar na literatura científica profissional as tecnologias de saúde, suas características e sua finalidade de uso as quais podem otimizar a intervenção de enfermagem em relação a hemoterapia (código CIPE®: 10039311). A questão prática utilizada para nortear esse trabalho foi: com base em evidência, qual a melhor tecnologia digital para a intervenção de enfermagem em hemoterapia para o paciente de alta complexidade sob cuidados intensivos?

METODOLOGIA

 

Foi realizado um estudo de revisão integrativa da literatura sobre tecnologias de saúde para auxiliar as intervenções de enfermagem em relação à hemoterapia em Unidades de Saúde de Alta Complexidade. A busca foi baseada em consultas de artigos, documentos científicos, e legislações de acesso público, em base de dados online na Science Direct. A coleta de dados foi realizada no período de setembro a novembro de 2021. Foram utilizados os descritores em português: “tecnologias de saúde”, “tecnologias digitais”, “hemoterapia”, “coleta de sangue”, “transfusão de sangue”, “doação de sangue”, “intervenção de enfermagem”, “enfermagem”. Para critérios de seleção foram consultados artigos publicados no período de 2013 a 2021 em revistas de enfermagem, de acordo com protocolo de nível e evidência e que estavam relacionadas a intervenções de enfermagem e tecnologias de saúde para hemoterapia. Os critérios de exclusão foram os estudos que envolviam outros profissionais que não fossem enfermeiras(os); e que não continham o tema das tecnologias de saúde para hemoterapia.

Para a elaboração da pergunta de pesquisa para a busca bibliográfica de evidências, o estudo de revisão foi realizado com o auxílio da estratégia PICOT (patient, intervention, comparison, outcomes, time)(5), sendo “P” o paciente de alta complexidade, “I” a intervenção de enfermagem - hemoterapia, “O” o resultado após a intervenção de enfermagem e “T” o período de 7 dias de internação em UTI. Nesta estratégia, não precisam ser empregados todos as etapas(6). Neste estudo, o elemento “C” (comparação) não foi empregado. O Quadro 1 demonstra a estratégia PICOT realizada.

 

Quadro 1 – Estratégia PICOT realizada no trabalho.

P

I

C

O

T

Paciente adulto/idoso de alta complexidade que necessita de hemoterapia

Hemoterapia.

Não há.

Otimizar a intervenção de enfermagem em relação a hemoterapia.

7 dias de internação.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2021.

 

 

 

RESULTADOS

 

Os resultados foram obtidos seguindo as recomendações sobre estudos de revisão integrativa, segundo Mendes e colaboradores(4). A estratégia de busca de artigos na base de dados na Science Direct levantou 50 artigos, e após a leitura dos títulos e resumos, destes foram selecionados os 10 artigos mais relevantes, que estavam de acordo com os critérios de inclusão do estudo. Foram selecionados artigos que continham tecnologias de saúde, que podem otimizar a intervenção de enfermagem em relação a hemoterapia (código CIPE®: 10039311), bem como ter um impacto positivo sobre os resultados terapêuticos do(a) paciente de alta complexidade.

A hemoterapia está relacionada aos componentes e derivados, referentes “à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças”(1). As atividades hemoterápicas tiveram início no ano de 1940, e em 1964 foi criada a Política Nacional de Sangue e a Comissão Nacional de Hemoterapia (CNH), pelo Ministério da Saúde. A Comissão é responsável por organizar a distribuição do sangue, a doação, segurança transfusional, incentivo à pesquisa e formação de recursos humanos(2).

Quanto à responsabilidade para captação e administração dos hemocomponentes, o Art. 238 da Portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, determina que o serviço de hemoterapia deverá possuir manuais de procedimentos operacionais acerca das seguintes atividades do ciclo do sangue: captação; registro; triagem clínica; coleta; triagem laboratorial; processamento; armazenamento; distribuição; transporte; transfusão; controle de qualidade dos componentes sanguíneos, insumos críticos e processos; e descarte de resíduos.

As competências e atribuições do enfermeiro em hemoterapia estão regulamentadas na Resolução nº 306/2006 do COFEN. São elas: planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de hemoterapia nas unidades de saúde visando assegurar a qualidade do sangue, hemocomponentes e hemoderivados coletados e infundidos.

Na literatura, alguns cuidados são citados durante o processo de hemotransfusão, seja antes da transfusão, entre eles, podemos citar: conferência da tipagem sanguínea e identificação do paciente. No momento do início da hemotransfusão, verificação de sinais vitais, presença de acesso venoso único para a transfusão, tempo necessário para cada bolsa e a prescrição médica. Durante o procedimento, podemos destacar identificação precoce das reações adversas e controle do gotejamento. E, ao término da hemotransfusão, verificação de sinais vitais e presença de sinais ou sintomas relacionados ao procedimento.

As tecnologias digitais utilizadas no setor da saúde têm vantagens que favorecem a melhora da qualidade do trabalho da enfermagem, pois podem auxiliar os cuidados em relação à assistência à saúde. As tecnologias podem facilitar os trabalhos de comunicação, planejamento e controle gerencial, por meio das mídias digitais(7).

O resultado da pesquisa demonstrou que na área de hemoterapia, existem diversas iniciativas, principalmente, para melhorar a captação de doadores de sangue, que se caracteriza como a primeira etapa da hemoterapia, sendo desenvolvida pela equipe de enfermagem e outros profissionais de saúde, como assistentes sociais. As evidências demonstraram que, aliados a novas ferramentas e tecnologias da modernidade, muitos avanços ocorreram nas atividades de hemoterapia, principalmente no setor de captação de doadores de sangue. No entanto, os esforços para o sucesso da captação de doadores de sangue precisam ser constantes entre o governo e a sociedade. Os avanços promovidos pelas redes sociais/internet, e campanhas nesse setor são importantes para o aumento de doadores. As mídias sociais vêm sendo um importante e eficaz tecnologia de interação e aproximação das pessoas. Nesse sentido, para a melhora da captação de doadores devem ser utilizados cada vez mais tecnologias digitais e as redes nos processos de comunicação. Outras formas de tecnologia que auxilia as equipes de enfermagem na captação de doação de sangue são por meio dos dispositivos móveis ou celulares, que possuem aplicativos, e mensagens voltadas para campanhas e a convocação de doadores(8).

No contexto da pandemia por covid-19, as tecnologias digitais tiveram grande importância auxiliando para o aumento de doação de sangue, visto que durante a pandemia no ano de 2020, houve uma redução do número de doadores de sangue, e problemas com a manutenção dos estoques de sangue. Novas estratégias de captação foram desenvolvidas e ampliadas com tecnologias digitais, focando em palestras online, redes sociais, promoção de lives, como por exemplo o “Programa Sangue Bom”(9).

Outras tecnologias para otimização a intervenção de enfermeiros foram as criações de checklists como um instrumento que permite o registro das informações sobre a transfusão de sangue, servindo como tecnologia para monitorar pacientes adultos(10) e crianças(11), o que pode ajudar na intervenção precoce, no caso de aparecimento de reações transfusionais.

No Quadro 2 foram listados os estudos verificados durantes a pesquisa de revisão integrativa sobre tecnologias digitais em relação a hemoterapia, que podem auxiliar as intervenções de enfermagem.

 

 

Quadro 2 - Publicações localizadas nas bases virtuais. Niterói, 2012.

Autor(es), Data & País

Objetivo da pesquisa

População/

Amostra

Tipo do estudo

Principal(is) recomendação(ões)

Nível de evidência

Luzzi J, Brito C, Goto E, Xavier R. 2021, Brasil(12).

Minimizar os riscos e desperdícios na utilização de hemocomponentes a Unidade de Hemoterapia e Hematologia Samaritano

1234 transfusões

Relato de casos

A Unidade de Hemoterapia e Hematologia Samaritano (BS) criou protocolos para coleta de tipagem sanguínea e/ ou preparo de hemocomponentes dos pacientes pré procedimento cirúrgico. O processo desenvolvido por este centro inspira confiabilidade, traz segurança no atendimento ao paciente, garante a qualidade e integridade do hemocomponente além de reduzir o índice de intercorrências e de descarte de hemocomponente.

2C

Silva RH

Construir um checklist para a Sistematização da Assistência de Enfermagem na monitorização do procedimento de hemotransfusão na Unidade Intensiva Coronariana

16 profissionais de enfermagem, sendo 5 enfermeiros e 11 técnicos de enfermagem.

Pesquisa exploratória descritiva.

O checklist foi construído com base nas informações obtidas dos profissionais de enfermagem e na revisão de literatura buscando as melhores práticas no cuidado ao paciente em hemotransfusão. Obteve-se como resultado um checklist com 17 itens, que englobam os cuidados antes, durante e após a transfusão

2B

Bezerra CM, Cardoso MVLML, Silva GRF, Rodrigues EC. 2018, Brasil(14).

Descrever o processo de construção e validação de conteúdo de um checklist para transfusão sanguínea em crianças

Amostra final foi composta por 14 enfermeiros.

Revisão integrativa e estudo descritivo

O checklist para transfusão sanguínea em crianças foi considerado tecnologia com conteúdo validado para ser utilizado no ato transfusional desempenhado por enfermeiros, contribuindo, assim, para segurança transfusional em crianças.

2C

Mattia D, Andrade SR. 2016, Brasil(15).

Elaborar, juntamente com profissionais de enfermagem, um instrumento de monitorização do

paciente submetido à transfusão sanguínea.

A população do estudo foi obtida com a participação

de 11 profissionais de enfermagem, sendo

três técnicos e oito enfermeiros.

Estudo ecológico

Em consonância com a norma vigente, os profissionais estruturaram um instrumento que permitirá o registro das informações sobre a transfusão de sangue, servindo como ferramenta para monitorar o paciente submetido a essa terapêutica. Espera-se contribuir para identificação e intervenção precocemente, no aparecimento de reações transfusionais.

2C

Silva JR da, Brasil CCP, Vasconcelos Filho JE de, Brasil BP, Paiva LB, Oliveira VF de, Santos FWR. 2021, Brasil(16).

Avaliar o aplicativo DoeSangue sob a perspectiva de especialistas das áreas de hematologia e hemoterapia.

Ao final do processo de levantamento de requisitos funcionais nos 14 aplicativos selecionados, identificaram-se 10 relacionados às necessidades dos usuários e do hemocentro participante deste estudo.

Estudo ecológico

Os avaliadores apontaram, dentre outras funcionalidades, a capacidade da ferramenta em promover interatividade, mobilização e engajamento social, além de contribuir com a captação e a fidelização de doadores de sangue.

2C

Silva MD, Lourenço PM, Castilho SL de. 2019, Brasil(17).

Mapear as principais causas de inaptidão clínica definir medidas preventivas através de um aplicativo para otimização e qualidade do atendimento na triagem clínica a fim de economizar recursos materiais de coleta e produção de bolsas de sangue e hemoderivados. Métodos:  

Dados do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcante –HEMORIO.

Revisão

Um aplicativo elucidativo, com uma dinâmica semelhante ou transcendente a entrevista clínica teria um efeito positivo, pois diminuiria 75,33% das inaptidões encontradas e solucionaria fatores não aferidos, como a exigência de documento com foto e traria grande impacto na redução de descarte de materiais.

2C

Pereira SA dos S, Cecilio SG, Lima KCS de, Pagano AS, Reis IA, Torres HC. 2018, Brasil(18).

Investigar, na literatura nacional e internacional, os aplicativos móveis existentes desenvolvidos para gerenciamento da doença falciforme.

Seleção final de 12 artigos.

Revisão sistemática

Os artigos revisados sugerem que os aplicativos móveis podem ser eficazes no autocuidado da doença falciforme. Os aplicativos foram considerados úteis no acompanhamento da dor e na adesão ao uso de medicamentos, auxiliando os usuários a desenvolver estratégias de enfrentamento da doença, melhorando a comunicação com os profissionais de saúde e suas relações intra e interpessoais

3A

Silva MC, Melo DM de, Ferreira IC, Sepini RP, Cabral WA. 2021, Brasil(9).

Descrever e refletir sobre as atividades extensionistas desenvolvidas no referido programa, as quais foram direcionadas para estimular a prática da doação de sangue durante a pandemia da Covid-19.

Os membros extensionistas buscaram estratégias para a manutenção das atividades do programa “Programa Sangue Bom” por meio do uso de redes sociais e mídia eletrônica.

 

Revisão integrativa

As estratégias desenvolvidas contribuíram, principalmente, para a divulgação de informações sobre o processo de doação de sangue e os impedimentos definitivos ou temporários para doação. Além disso, mitos, medos e preconceitos sobre esse processo foram discutidos, trazendo à tona a valorização da doação e do gesto altruísta.

2C

Alexandre R, Siqueira A, Sanas C, Morais F. 2021, Brasil(19).

Apresentar ações que possam melhorar a experiência do doador, simplificando o processo de doação e engajando-o através da gamificação, divulgação em redes sociais e campanhas direcionadas.

Nesta seção são apresentados os fundamentos teóricos que nortearam o trabalho, a utilização de redes sociais, desburocratização, marketing social e campanhas direcionadas e a gamificação como

 

ferramentas capazes de impulsionar o ato de doação de sangue e, concomitantemente, fidelizando o novo doador.

 

Estudo metodológico e revisão da literatura

Como resultado é apresentado um protótipo de aplicativo para smartphone que, mesmo em tempo de pandemia, espera-se ajudar na captação e retenção de doadores de sangue.

2C

Souza-Junior VDD, Mendes IAC, Tori R, Marques LP, Mashuda FKK, Hirano LAF, Godoy S. 2020, Brasil(20).

Desenvolver e validar a primeira versão do simulador de realidade virtual imersiva no procedimento de coleta de sangue a vácuo no paciente adulto - VIDA-Enfermagem v1.0.

15 profissionais da saúde e 15 graduandos de enfermagem.

Estudo com delineamento metodológico

O simulador foi considerado como ferramenta promissora e inovadora para o ensino da coleta de sangue a vácuo no adulto, enquanto estratégia a ser combinada com recursos utilizados atualmente na educação de graduandos de enfermagem que estão iniciando o estudo da temática e da técnica.

2C

CONCLUSÕES

 

Em relação às tecnologias que contribuem para a prática da hemoterapia, foram verificadas algumas tecnologias digitais/aplicativos que contribuem para captação de doadores de sangue. Este foi o assunto mais abordado nos estudos sobre o tema e que podem otimizar a intervenção de enfermagem em relação à hemoterapia. As tecnologias digitais, por meio de aplicativos e mídias digitais, podem ajudar para o aumento da captação de doadores de sangue e, consequentemente, ajudar um maior número de pacientes internados que precisem desta prática.

A atuação do enfermeiro tem como principal objetivo garantir e assegurar a segurança transfusional. E, para isso, uma estratégia que pode ser adotada é a implantação do checklist, que deve ser pensada, planejada e sistematizada para que ajude a  minimizar e evitar erros que podem muitas vezes ocasionar complicações e danos irreversíveis em qualquer nível de complexidade.

 

REFERÊNCIAS  

1. Nacional I. Portaria no 158, de 4 de fevereiro de 2016 - DOU - Imprensa Nacional [Internet]. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou

2. Silva TOM. A segurança do paciente em procedimentos de hemoterapia: uma revisão bibliográfica de 2007 A 2016. 2017;3.

3. Gomes N, Frantz S, Oliveira M, Menezes E, Cardoso E, Pinheiro C. Projeto de desenvolvimento tecnológico e inovação em hemoterapia: gestão do processo de transfusão. Hematol Transfus Cell Ther. 1o de outubro de 2021;43:S380.

4. Mendes KDS, Silveira RC de CP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto - Enferm. dezembro de 2008;17:758–64.

5. Santos CM da C, Pimenta CA de M, Nobre MRC. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Lat Am Enfermagem. junho de 2007;15:508–11.

6. Garcia AKA, Fonseca LF, Aroni P, Galvão CM. Estratégias para o alívio da sede: revisão integrativa da literatura. Rev Bras Enferm - REBEn. 2016;69(6):1215–22.

7. Stein FS, Simionato R, Schneider D da S. Transcendendo fronteiras: experiência de enfermeiras brasileiras em Portugal. Aletheia. junho de 2020;53(1):07–12.

8. Manual de orientações para promoção da doação voluntária de sangue. :154.

9. Silva MC, Melo DM de, Ferreira IC, Sepini RP, Cabral WA. Programa “sangue bom”: estratégias de mobilização para captação de doadores de sangue durante a pandemia da covid-19. Expressa Ext. 2021;26(1):318–27.

10. Mattia D de, Andrade SR de. Cuidados de enfermagem na transfusão de sangue: um instrumento para monitorização do paciente. Texto contexto - enferm [internet]. 7 de junho de 2016 [citado 19 de novembro de 2021];25. Disponível em: http://www.scielo.br/j/tce/a/pDt9MgrD4SczNMRGNmzVyBt/?lang=pt&format=html

11. Bezerra CM, Cardoso MVLML, Silva GRF da, Rodrigues E da C. Construção e validação de checklist para transfusão sanguínea em crianças. Rev Bras Enferm. dezembro de 2018;71:3020–6.

12. Luzzi J, Brito C, Goto E, Xavier R. Experiência de um serviço de hemoterapia em amenizar falhas e melhorar o processo de atendimento em centro cirúrgico. Hematol Transfus Cell Ther. 1o de outubro de 2021;43:S390.

13. da Silva RH. Checklist de cuidados de enfermagem na hemotransfusão: estratégia para Segurança do Paciente em Unidade Intensiva Coronariana [Internet]. 2019 [citado 01 de novembro de 2021]. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/219173/PGCF0119-D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y.   

14. Bezerra CM, Cardoso MVLML, Silva GRF da, Rodrigues E da C. Construção e validação de checklist para transfusão sanguínea em crianças. Rev Bras Enferm. dezembro de 2018;71:3020–6.

15. Mattia D de, Andrade SR de. Cuidados de enfermagem na transfusão de sangue: um instrumento para monitorização do paciente. Texto Contexto - Enferm [Internet]. 7 de junho de 2016 [citado 23 de novembro de 2021];25. Disponível em: http://www.scielo.br/j/tce/a/pDt9MgrD4SczNMRGNmzVyBt/?lang=pt&format=html

16. Silva JR da, Brasil CCP, Vasconcelos Filho JE de, Brasil BP, Paiva LB, Oliveira VF de, et al. Aplicativo de apoio à doação de sangue: contribuições de especialistas sobre a funcionalidade da ferramenta. Ciênc Saúde Coletiva. 12 de fevereiro de 2021;26:493–503.

17. Silva MD, Lourenço PM, Castilho SL de. Avaliação do custo-efetividade de um aplicativo de smartphone como ferramenta auxiliar na triagem clínica de doadores de sangue. JMPHC J Manag Prim Health Care ISSN 2179-6750 [Internet]. 12 de dezembro de 2019 [citado 19 de novembro de 2021];11. Disponível em: https://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/917

18. Pereira SA dos S, Cecilio SG, Lima KCS de, Pagano AS, Reis IA, Torres HC. Aplicativos móveis para o manejo da doença falciforme: revisão integrativa. Acta Paul Enferm. março de 2018;31(2):224–32.

19. Alexandre R, Siqueira A, Sanas C, Morais F. Fidelização de doadores de sangue através de aplicativo móvel: mecanismos para o incentivo à doação recorrente. Temas Em Saúde. 26 de agosto de 2021;21:62.

20. Souza-Junior VDD, Mendes IAC, Tori R, Marques LP, Mashuda FKK, Hirano LAF, et al. VIDA-Nursing v1.0: immersive virtual reality in vacuum blood collection among adults. Rev Lat Am Enfermagem. 2020;28:e3263.

 

 





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